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Atividade 2 - Projeto Amora



Origem do Nome O projeto recebe o nome de Amora numa relação simbólica entre as características deste "fruto", a transitividade inspirada pela palavra amora e o resultado que se pretende no processo pedagógico. A amora é uma infrutescência formada por múltiplos frutos suculentos, derivados de uma reunião de flores diferentes que se desenvolveram próximas. Estes frutos são reunidos por um tecido também suculento, o que os transforma em uma estrutura única muito saborosa e, por isso mesmo, muito apreciada. O projeto, por sua vez, pretende construir conhecimento a partir da inter-relação entre as múltiplas facetas das diferentes áreas do conhecimento, o que propicia a quem o constrói, uma visão ampla e interacional da realidade, também muito apreciada por integrar criativamente, afeto e cognição. No atual processo de formação de uma nova cultura planetária constatam-se transformações vertiginosas em relação a todos os campos. Estas transformações dão-se no contexto de mudanças de paradigmas, que exigem repensar as relações natureza/ sociedade/ cultura, as quais afetam o mundo do trabalho e do conhecimento. A educação constitui-se num espaço propício para efetivação deste repensar. Nesta perspectiva, o Colégio de Aplicação da UFRGS (CAp), como escola de Ensino Fundamental e Médio integrada a uma Universidade, vem trabalhando, desde sua fundação há quarenta e cinco anos, para afirmar-se como centro de referência educacional, gerador de experiências inovadoras, prioritariamente voltadas à melhoria da ação pedagógica desenvolvida nas escolas da rede pública. Em função disto, desenvolve ações de ensino, pesquisa e extensão que propõem a construção de propostas pedagógicas diversas das implementadas nas redes regulares de ensino, contribuindo para a formação de professores (via estágios regulares e avançados), em nível de estágios e para a efetivação da educação continuada de professores em serviço, em consonância com as atuais exigências e necessidades de desenvolvimento social do país. O Colégio de Aplicação da UFRGS tem procurado fazer de sua práxis pedagógica cotidiana um campo de investigação e reflexão permanentes, de onde emergem elementos úteis às trocas e à fertilização de novas práticas. Segundo Fazenda (1994, p.49), é preciso incentivar professores e propiciar infra-estrutura necessária para o seu desenvolvimento – onde se encontra o "germe de projetos interdisciplinares de ensino, em que a tônica é o diálogo e a marca, o encontro, a reciprocidade". O Projeto Amora reúne tais características, aceitando os desafios que se originam dos processos de mudança, sobretudo aqueles que se colocam em duas instâncias: a) nas relações que se dão no ambiente escolar entre professor/aluno, aluno/aluno, professor/ professor e professor/aluno/conhecimento, com vistas ao desenvolvimento de relações sociais, comprometidas não só com as essências singulares, mas com o coletivo; b) nos conceitos de espaço e tempo, posto que há uma produção de conhecimento em progressão geométrica, num cenário em que as novas tecnologias são vistas não só como recurso poderoso na geração e manejo de informações mas, principalmente, como recurso original para a geração de novos conhecimentos e trocas, viabilizador de transformações substanciais na comunicação entre os homens. O Projeto em desenvolvimento desde o final de 1995, iniciou com uma turma de 5a. Série. Sua expansão tanto para outros níveis da escola quanto para outras instituições dependerá da realidade das mesmas, no que se refere à faixa etária, disponibilidade e interesse de professores em construir uma nova proposta pedagógica. À medida que forem sendo desenvolvidas ações compartilhadas entre diferentes parceiros, presencialmente e à distância, pressupõe-se o crescimento de propostas alternativas ao ensino tradicional. Em 1996, o Projeto Amora teve como parceiros iniciais alunos e professores de escolas públicas estaduais e municipais dos bairros Restinga e Agronomia, limítrofes do Campus do Vale, na cidade de Porto Alegre/RS, onde o CAp está situado. Tais escolas, à época, faziam parte do sub-projeto "Sociedade do Conhecimento " que, por sua vez, integrava o Projeto Porto Alegre-Tecnópole (UFRGS/SE-RS/SMED-POA). Neste mesmo ano, o Projeto Amora ampliou sua parceria com o Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia -LEC/UFRGS - e passou a integrar o Projeto Educação à Distância em Ciência e Tecnologia - EducaDi/ CNPq , coordenado nacionalmente pela Profa. Dra. Léa da Cruz Fagundes (LEC/UFRGS). O EducaDi envolveu quatro núcleos (Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal e Ceará), nos quais escolas das redes públicas estadual e municipal, interconectadas por Internet, desenvolvem projetos cooperativos à distância. Neste projeto, o Amora atuou como campo prioritário de investigação e testagem reflexiva de metodologias que incorporam as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTI

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